terça-feira, 31 de julho de 2007

Estabilidade de Taludes Naturais e de Escavação



Livro: Estabilidade de Taludes Naturais e de Escavação
Autor(a): Guido Guidicini, Carlos Manoel Nieble
Editora: Edgard Blücher
ISBN: 8521201869
Nº de páginas: 216
Formato: 16x23cm
Encadernação: Brochura
2ª edição, 1984; 4ª reimpressão, 2006

Este livro trata, basicamente, do estudo e da análise de estabilidade de taludes em encostas naturais e em paredes de escavações em solo ou rocha. Os taludes de maciços compactados, tais como os de barragens de terra, enrocamento, aterros para rodovias, ferrovias etc., por envolverem métodos de projeto e técnicas de construção especiais, não foram considerados neste trabalho.

quinta-feira, 26 de julho de 2007

TENDÊNCIAS/DEBATES - Os acidentes na engenharia brasileira

São Paulo, sexta-feira, 19 de janeiro de 2007
TENDÊNCIAS/DEBATES
Os acidentes na engenharia brasileira
ALBERTO SAYÃO

Não há obra 100% segura. A questão é: qual o nível de risco aceitável? Quanto a sociedade aceita arriscar para economizar recursos?

NAS DUAS primeiras semanas de 2007, o país vivenciou acidentes com conseqüências trágicas que marcam a engenharia nacional: escorregamentos na região serrana do Rio de Janeiro, ruptura de barragem de rejeitos em Minas Gerais e desabamento na linha 4 do metrô de São Paulo. A chuva tem sido apontada como a causa dessas tragédias por administradores, políticos e outros entrevistados. Rapidamente, especialistas disseram que não é tão simples assim. As causas são mais complexas e precisam ser discutidas abertamente.
Algumas questões têm sido recorrentes. A capacidade dos engenheiros brasileiros para enfrentar as chuvas, tão usuais nesta época, tem sido questionada. A boa engenharia considera sempre os efeitos da chuva, da água ou da saturação dos terrenos. Obras próximas a um rio ou sob ele são perfeitamente possíveis. Exigem maiores cuidados e conhecimentos, mas a chuva não pode ser a culpada.
Outra questão freqüente: as obras atuais são seguras? Não há obra 100% segura. Obras de engenharia sempre trazem algum risco. Porém, para reduzir o grau de risco, o custo da obra aumenta. Como, aliás, ocorre na medicina ou na aviação, por exemplo. A questão, então, é: qual o nível de risco aceitável? Quanto a sociedade aceita arriscar para economizar recursos?
Ninguém quer voar em um avião velho ou ser operado por um médico qualquer. Mas, nas obras de engenharia, já não é usual gastar o necessário para minimizar os riscos. Ao contrário, faz-se economia em investigações, ensaios, projetos, consultoria, instrumentação e fiscalização. Tudo se resume ao melhor balanceamento entre riscos e custos.
Outra pergunta usual: os acidentes mencionados poderiam ter sido evitados? Tecnicamente, sim. Num acidente, há duas alternativas: ou houve falha técnica (projeto, construção, fiscalização) ou a obra foi concebida com um nível de risco inadequado.
Outra questão: as obras de engenharia têm sido atualmente contratadas por preço "fechado","turn key" ou por PPPs (parcerias público-privadas). São modalidades adequadas? A resposta é sujeita a debates. Em muitos desses contratos, o projeto, a execução, o monitoramento e a fiscalização da obra não são necessariamente independentes, pois podem estar ligados a um mesmo grupo. Apesar de terem vantagens de prazo e custo, essas modalidades reduzem, em tese, as atividades de verificação, questionamento e reparo de eventuais falhas.
A prática das licitações vem também mudando. Muitas estipulam um valor máximo ou são decididas pelo menor preço. Mas nem sempre o "menor preço" significa o "melhor preço", pois pode resultar em redução da qualidade e aumento do risco.
Infelizmente, isso tem trazido uma desvalorização gradual da engenharia no país. O resultado é a extinção de laboratórios técnicos, o desmembramento das empresas de projeto, a fragilização da consultoria, o desprezo pelas universidades e o desmonte das equipes técnicas dos órgãos governamentais no Brasil. Projeto, consultoria e investigação têm custos irrelevantes quando comparados com o custo total das obras e são decisivos para a otimização dos investimentos.
Por outro lado, as seguradoras vêm se tornando cada vez mais importantes. Um dos principais pontos de discussão passou a ser o valor do seguro. Especialistas na avaliação dos riscos envolvidos em uma obra são mais valorizados do que engenheiros.
Os recentes acidentes têm alguma ligação com tudo isso? A barragem que enlameou Minas e Rio pode ser um exemplo. A barragem estava pronta: teriam sido necessárias mais inspeções, mais investigações, mais consultoria, mais instrumentação para evitar a catástrofe ambiental? E no metrô, que estava em estágio avançado da construção, algo poderia ter sido feito para evitar a tragédia?
E no caso dos escorregamentos recentes nas encostas da região serrana do Rio, os administradores locais foram previdentes? Um encontro técnico, em final de novembro, foi realizado pela ABMS em Friburgo, e vários problemas e soluções para as encostas da região foram debatidos durante dois dias. Todos os prefeitos e secretários de obra da região foram convidados com antecedência. No entanto, somente o secretário do município de Cantagalo compareceu e participou. É mais fácil culpar a chuva...
Esses problemas têm sido discutidos em congressos entre os especialistas geotécnicos do país. Mas a responsabilidade passa, também, pelo poder público, que precisa atuar mais ativamente para o aperfeiçoamento das licitações e contratações. E para o resgate da valorização dos profissionais da nossa engenharia, a qual já foi motivo de orgulho e ainda é reconhecida e exaltada no exterior.
O Brasil tem capacitação técnica e tecnológica que em nada fica a dever a nenhum país. Isso não significa que acidentes deixarão de ocorrer. Significa que, dadas as devidas condições, a engenharia pode e deve minimizar a freqüência e as conseqüências desses acidentes. A sociedade aguarda respostas, explicações e ações que virão com os laudos técnicos sobre os acidentes. Mas não pode ficar temendo a chuva ou os detalhes da geologia.

ALBERTO SAYÃO, engenheiro, doutor em engenharia civil pela University of British Columbia (Canadá), é professor da PUC-RJ (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro) e presidente da ABMS (Associação Brasileira de Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica).
abms@ipt.br

Frei Galvão - Patrono dos Profissionais da Construção Civil


Com a canonização de Frei Galvão, o primeiro religioso brasileiro a alcançar tal condição perante o Vaticano, o Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de São Paulo (Crea-SP) decidiu, por unanimidade em Plenário, instituir como Dia dos Profissionais da Construção Civil a mesma data em que se comemora o Dia da Construção Civil, 25 de outubro, em homenagem ao frei franciscano nascido em Guaratinguetá (SP), considerado desde o ano 2000 o Patrono da Construção Civil.
A postagem visa ressaltar um aspecto da vida do religioso até certo ponto desconhecido do grande público, até mesmo entre os próprios profissionais da área tecnológica, ou seja, suas habilidades de "arquiteto, engenheiro, mestre de obras e pedreiro". As informações que seguem foram compiladas de livros publicados pela Irmã Célia B. Cadorin, a maior conhecedora do assunto no Brasil e no mundo, e por outra estudiosa, Irmã Maristela. Ambas as obras se encontram à disposição dos interessados no Mosteiro da Luz - Av. Tiradentes, 676 - Luz - São Paulo/SP.

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Deslizamento de talude em Congonhas

Parece mentira mas ...

O talude da cabeceira da pista principal do Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo, sofreu um deslizamento de terra por volta 17h50 desta segunda-feira (23/07/2007).
Veja a reportagem na íntegra:
Clique no link abaixo (assista ao vídeo) para saber mais sobre deslizamento de taludes:

Manual de Especificações e Procedimentos da ABEF

Dica!!!
O Manual ABEF (Associação Brasileira de Empresas de Engenharia de Fundações e Geotecnia) se constitui num verdadeiro Código Prático, o qual abarca todos os principais serviços prestados pela empresas executoras de fundação e geotecnia, contemplando os seguintes aspectos:

a) Documentação técnica para execução e controle;
b) Especificações para recebimento e armazenamento de materiais;
c) Especificações, tipos, quantidade e manutenção dos equipamentos;
d) Quantificação e qualificação das equipes;
e) Procedimentos executivos e formas de avaliar os serviços;
f) Usos de equipamentos de segurança.


Confira no link abaixo:

MANUAL DE SONDAGEM

Outra referência importante (que não contempla somente a sondagem a percussão) para as empresas executoras de sondagem é o:

MANUAL DE SONDAGEM
Antigo Boletim nº 3 - Revisado - 4ª edição, 73 pág.

Este Manual tem por objetivo orientar a execução da maior parte das atividades rotineiras relacionadas às sondagens geológico-geotécnicas. Tendo um formato genérico, é imprescindível que, na sua utilização, prevaleça sempre o julgamento criterioso de sua aplicabilidade, total ou parcial, de maneira a se tornar adequado às inúmeras situações e objetivos de uma investigação geológico-geotécnica específica.

Conteúdo:
Apresentação
Introdução
1- Sondagem a trado
2- Poço e trincheira de inspeção em solo
3- Sondagem a percussão
4- Ensaios de permeabilidade em solo
5- Sondagem rotativa
6- Ensaios de perda d´água sob pressão
7- Amostragem integral
8- Sondagem (perfuração) a rotopercussão
9- Outros equipamentos
10- Sugestão de critérios para medição
11- Sugestão para montagem de planilhas de preços para serviços de sondagens
12- Bibliografia
13- Figuras
14- Modelos de Boletins e Perfis


Para adquirir o manual visite os links abaixo:
http://www.abge.com.br/ - ABGE
http://www.abge.com.br/boletins.htm

Determinação da Permeabilidade dos Solos "In situ"

As empresas que realizam ENSAIOS DE PERMEABILIDADE EM SOLOS devem seguir o:

BOLETIM Nº 04 - 1996 da ABGE - Associação Brasileira de Geologia de Engenharia
ENSAIOS DE PERMEABILIDADE EM SOLOS - Orientações para sua execução no campo - 3ª edição, 35 pág.

Conteúdo:
1- Introdução/orientações
2- Os tipos de ensaios e sua programação
3- A prática dos Ensaios
4- Cálculos do coeficiente de permeabilidade


Para adquirir o boletim visite os links abaixo:
http://www.abge.com.br/ - ABGE
http://www.abge.com.br/boletins.htm

Visite também a seção de livros da ABGE:
http://www.abge.com.br/livros.htm

sábado, 21 de julho de 2007

Fundações Especiais - Fundesp

A Empresa Fundesp - Fundações Especiais, disponibilizou em seu site inúmeras informações técnicas (animações, guias, detalhes, fotos, etc) sobre várias fundações especiais e soluções geotécnicas:
Estacas escavadas de grande diâmetro
Estacas escavadas embutidas em rocha
Paredes diafragma e estacas barrete
Paredes diafragma pré-moldadas
Estacas hélice contínua
Estacas hélice tipo ômega
Estacas tubulares metálicas
Estacas raiz
Tirantes
Geodrenos
Jet-Grouting
Estacas cravadas com martelo hidráulico
Vale a pena conferir: http://www.fundesp.com.br/

sexta-feira, 20 de julho de 2007

Guias / Downloads - Stack

A Empresa Stack Engenharia e Fundações Ltda, disponibilizou em seu site duas áreas interessantes (Guias / Donwloads):

Guias
"Através de guias gráficos, procuramos demonstrar para clientes e estudantes nossa metodologia de trabalho. Lembramos que as informações e fotos disponibilizadas são de propriedade da STACK e possuem carater primordialmente ilustrativo."

- Guia de Sondagem a percussão
- Guia de estacas escavadas

Downloads
"Disponibilizamos abaixo as tabelas com características de estacas perfis padrão CSN. A STACK não se responsabiliza pelo uso indevido dos valores fornecidos."

Vale a pena conferir !!!

Dica de Livro - Fundamentos de Engenharia Geotécnica

DICA!!!


Braja M. Das

Este livro oferece uma visão geral das propriedades e da mecânica dos solos, abrangendo também práticas de campo e procedimentos básicos da engenharia geotécnica. Fundamentos de Engenharia Geotécnica foi escrito para cursos introdutórios de mecânica dos solos presentes em quase todas as áreas da Engenharia Civil, e cobre aspectos da mecânica dos solos clássica e moderna, classificação dos solos, ensaios de laboratório, entre outros. Além de explicações claras dos conceitos, a obra traz exercícios, estudos de casos e diversas aplicações reais.

ISBN: 8522105480
Ano de publicação: 2006
Número de páginas: 560

Obs.:
A Revisão técnica desse livro foi feita pelo Professor Pérsio Leister de Almeida Barros - Professor Associado do Departamento de Geotecnia e Transportes, Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo, Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP.

Dica de Livro - Patologia das Fundações

DICA!!!

Livro: Patologia das Fundações
Autor(a): Jarbas Milititsky, Nilo Cesar Consoli, Fernando Schnaid
ISBN: 8586238457
Nº de páginas: 208
Formato: 16x23cm
Encadernação: Brochura.

O primeiro Livro Profissional que trata de Problemas, Acidentes e Patologias das Fundações! Fonte de referência e um guia dos cuidados e diretrizes que devem ser adotados para evitar patologias das fundações. Inúmeros case histories ilustram com imagens expressivas as estruturas deterioradas em virtude das falhas nas medidas preconizadas.

Patologia das Fundações organiza as causas de ruína ou desempenho inadequado de forma sistemática, identificando-as em cada etapa: da investigação, do projeto, da execução e fiscalização, e as ligadas a eventos pós-construção e deterioração dos materiais. Em cada etapa enfatizam-se os procedimentos adequados para garantir a qualidade da fundação.

quinta-feira, 19 de julho de 2007

Onde buscar nomes de empresas que façam investigações geotécnicas. Elas devem ter registro no CREA, assim como engenheiro responsável técnico?

Devemos consultar sempre o arquiteto e o engenheiro que estarão executando os projetos arquitetônicos e estruturais respectivamente, pois estes poderão indicar várias empresas que atuam na região onde estará sendo edificada a residência.
É de grande valia optar por empresas tradicionais e com um corpo técnico respeitado e atuante no meio geotécnico, o registro no CREA tanto do profissional quanto da empresa é de fundamental importância, e é mais uma garantia de que o serviço esta sendo realizado por profissionais devidamente regularizados.
Todas as empresas devem ter registro no CREA, caso contrário estarão exercendo ilegalmente os trabalhos de engenharia.

Quais são os principais métodos de reconhecimento do solo? Quais deles são mais aplicados em obras residenciais?

São diversos os métodos usados para o reconhecimento dos solos, eles são aplicados de acordo com o tipo de obra (tamanho, custo, importância, finalidade, etc).

Os métodos de prospecção do subsolo classificam-se em:
a) Métodos indiretos: São aqueles em que a determinação das propriedades das camadas do subsolo são extraídas indiretamente pela medida, seja da sua resistividade elétrica ou da velocidade de propagação de ondas elásticas. Os índices medidos mantêm correlações com a natureza geológica dos diversos horizontes, podendo-se ainda conhecer as suas respectivas profundidades e espessuras. Incluem-se nessa categoria os métodos geofísicos. Ex: Sísmica de refração; Eletrorresistividade.
b) Métodos semidiretos: São os processos que fornecem informações sobre as características do terreno, sem contudo possibilitarem a coleta de amostras ou informações sobre a natureza do solo, a não ser por correlações indiretas. Ex: “Vane-test”; Ensaio de penetração de cone; Ensaio pressiométricos.
c) Métodos diretos: Consistem em qualquer conjunto de operações destinadas a observar diretamente o solo ou obter amostras ao longo de uma perfuração. Exemplos: Manuais: Poços; Trincheiras; Trados manuais. Mecânicos: Sondagens à percussão; Sondagens rotativas; Sondagens mistas; Sondagens especiais com extração de amostras indeformadas.
d) Técnicas “Combinadas”: “Difícil” classificação. Ex: Cone-presiométrico; Cone Sísmico.

Nota importante: Porém, para a investigação do subsolo de obras residenciais de pequeno porte a sondagem a percussão é o método de investigação mais apropriado (finalidade, características, custo, etc).

Quanto a mais o proprietário da obra gasta para sanar problemas com a fundação, resultantes pela não realização da sondagem?

Para combater o jargão popular de que a sondagem é cara existe uma frase bastante famosa no meio geotécnico:
“Todas as sondagens são caras mas as mais caras são aquelas que não foram feitas” – G. Lahuec (Dragages et Geologie).
Essa frase reflete a importância da execução das sondagens, e basicamente é o que acaba se observando na prática. Visando “economizar”, o empreendedor acaba abrindo mão da execução das sondagens, isso provavelmente irá acarretar numa escolha ineficiente da fundação, desse modo, a residência no futuro poderá apresentar problemas estruturais que para serem sanados necessitarão de estudos de investigação do subsolo mais elaborados e finalmente um sistema de reforço de fundação. Ao atingir essa etapa o empreendedor terá gastado aproximadamente 20% a 40% do valor total final do imóvel somente para sanar os problemas acarretados pela não execução das sondagens.

O custo da sondagem representa quantos por cento do custo total de uma obra?

Tabela – Custo da investigação do subsolo – ROWE, 1972


Pode-se dizer que toda investigação geotécnica representa um valor muito pequeno em relação ao valor final do empreendimento.

Mas, seguramente, o custo da investigação do subsolo por sondagens a percussão em uma residência fica abaixo de 1% do custo total da obra.

Listagem de Normas Técnicas Brasileiras na Área de Geotecnia

Dica - Normas Técnicas:
Visite: http://geotecnia.ufsc.br/portugues/novidades/normasgeotecnicas.html e veja a LISTAGEM DE NORMAS TÉCNICAS BRASILEIRAS NA ÁREA DE GEOTECNIA (As normas podem ser adquiridas na ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas pelo telefone: (11) 3017-3600 ou pelo site http://www.abnt.org.br/). Veja também as normas do DNER.
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:
1- Toda empresa que executa sondagens a percussão deve seguir a norma NBR 6484/2001 - Solo - Sondagens de simples reconhecimento com SPT - Método De Ensaio;
2- Toda empresa que projeta e executa fundações deve seguir a norma NBR 6122/1996 - Projeto e Execução de Fundações.
3- Toda empresa que executa ensaio para estimar a capacidade de percolação do solo (K) deve seguir a norma NBR 13.969/1997 - Tanques sépticos - Unidades de tratamento complementar e disposição final dos efluentes líquidos - Projeto, construção e operação. - Anexo A: Procedimento para estimar a capacidade de percolação do solo (K) - (+ NBR 7229/1993: Projeto, construção e operação de sistemas de tanques sépticos)

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Quais são os melhores/piores solos para a construção de residências?

É preciso tomar muito cuidado com esse tipo de pergunta, na verdade, não há um tipo de solo mais adequado, mas sim uma fundação mais adequada ao tipo de solo da residência.
Geralmente as areias compactas a muito compactas e argilas rijas a duras representam solos “mais resistentes” (com maior capacidade de suporte de carga e menos susceptíveis a “grandes” deformações). A presença desses tipos de horizonte de solo indica solo de “boa qualidade” para as fundações.
Em contrapartida, as argilas moles e areias fofas representam solos “menos resistentes” (com menor capacidade de suporte de carga e mais susceptíveis a “grandes” deformações). A presença desses tipos de horizonte de solo indica solo de “má qualidade” para as fundações. Também é de fundamental importância comentar sobre os problemas ocasionados por fundações em solos de argila orgânica mole que apresentam alta deformabilidade e baixa capacidade de suporte de carga.

Quais problemas podem aparecer caso a sondagem não seja feita?

São diversos, todos associados a deformações do subsolo ocasionadas por fatores não contemplados devido a não investigação do subsolo, tais como:

a- Recalques diferenciais causando o aparecimento de trincas;
b- Recalques uniformes causando o afundamento da edificação;
c- Ruptura de tubulações (água/esgoto);
d- Problemas de afundamento de piso;
e- Entre outros.

Ainda é importante frisar que as informações extraídas dos perfis de sondagem possibilitam ao projetista de fundações ou engenheiro uma escolha “racional” da fundação, que melhor se adapte ao subsolo, em função de informações geotécnicas encontradas.
Portanto, por mais simples e modesta a edificação a ser elaborada, esta requer uma sondagem, pois possibilitará ao profissional informações indispensáveis, o que acarretará na escolha de uma fundação segura e econômica, evitando um superdimensionamento das mesmas em função de informações geotécnicas insuficientes.
Ao escolher a empresa que executará os seus serviços, procure conhecer seu corpo técnico, pois a segurança de sua obra é fundamental. Não corra riscos desnecessários.
“Todas as sondagens são caras mas as mais caras são aquelas que não foram feitas” – G. Lahuec (Dragages et Geologie).

Porque é fundamental realizar a sondagem do terreno antes de construir a residência? Quais as principais funções da sondagem?

A Sondagem a percussão com determinação de SPT, é hoje, sem sombra de dúvida, o processo de investigação do subsolo mais aplicado nos meios de engenharia. Seu custo, relativamente baixo, sua facilidade de execução, sua simplicidade de equipamento, a possibilidade de trabalho em locais de difícil acesso possibilitam ao engenheiro obter informações da sub-superfície, indispensáveis para projetar ou escolher o melhor tipo de fundação, bem como sua provável cota de apoio.
As informações fornecidas pela sondagem são as seguintes:
a- Coleta de amostras de solo, semi-deformadas de metro a metro, para uma posterior caracterização táctil-visual em laboratório, através do barrilete amostrador padrão;
b- Perfil geotécnico do local investigado;
c- Profundidade de ocorrência do lençol freático (nível d’água do subsolo);
d- Determinação da resistência do solo através do S.P.T. (Standard Penetration Test), ou seja, o número de golpes necessários para a cravação dos últimos 30 cm do barrilete amostrador por um peso de 65 kg, solto a uma altura de 75 cm em queda livre;
e- Fornecer informações sobre a consistência e compacidade dos solos investigados;
f- Demais fatores pertinentes.
Portanto, somente com a execução de sondagens a percussão é possível determinar as características e propriedades do subsolo dessa residência ou empreendimento.
Basicamente a sondagem a percussão fornece todas as informações citadas acima. Um engenheiro de posse dessas informações poderá tomar decisões de projeto e execução mais eficientes, precisas, seguras e econômicas. Pode ser feita a seguinte analogia: Um médico dificilmente tomará decisões importantes no diagnóstico de um paciente apenas baseado no contato visual, sem antes executar investigações mais detalhadas (exames laboratoriais, raio X, etc.). O mesmo acontece na engenharia, um engenheiro com informações mais detalhadas poderá projetar ou escolher o melhor tipo de fundação, bem como sua provável cota de apoio de uma forma mais econômica, segura, eficiente. Com uma fundação adequada e bem dimensionada, dificilmente uma residência apresentará problemas.

Quais são os critérios usados para definir a locação e a quantidade de furos?

NBR 8036 - Jun 1983 - ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas

Todo o procedimento está explícito na norma NBR 8036/83: Programação de sondagens de simples reconhecimento dos solos para fundações de edifícios. Também é importante citar a norma NBR 6484/2001: Solo - Sondagens de simples reconhecimento com SPT - Método de ensaio, como referência do método de ensaio.

O número de sondagens e sua localização em planta dependem do tipo da estrutura, de suas características especiais e das condições geotécnicas do subsolo. O número de sondagens deve ser suficiente para fornecer um quadro, o melhor possível, da provável variação das camadas do subsolo do local em estudo.
Nota importante: Para uma residência de pequeno porte a locação dos furos de sondagem se dá em função da localização/concentração das cargas estruturais de maior magnitude obtidas no projeto estrutural (exemplo: caixa de escada, caixa d’água, grandes vãos, etc).

Tabela para Conversão de Peso Específico / Tabela para Conversão de Tensão


Reportagens sobre Sondagem












Não deixe de ler as reportagens feitas pela revista Construção do começo ao fim, Casa Dois Editora, com a participação dos engenheiros Douglas Constancio e Lucas Amarante Constancio a respeito da Sondagem a Percussão, nas quatro edições: 2005 / 2006 / 2008 / 2009. Reportagens: Análise do solo (p. 47) / Sondagem: Por que fazer? (p. 48) / Checando o solo (p.62) / Construção Segura (p.62).


Frases que podem significar o início dos seus problemas na construção...

Frases:

01. O terreno é bom.

02. Não precisa fazer sondagem.

03. O meu vizinho fez estacas de 6 m.

04. Meu pedreiro disse que tem trinta anos de janela !

05. Se fizer estacas Strauss não precisa de sondagem.

06. A construção é leve! Precisa de estacas?

07. Acho que aqui as estacas devem chegar a 4 m!

08. Meu responsável técnico só assinou a planta, não fez o cálculo de estrutura.

09. Na outra casa que eu fiz eu coloquei quatro brocas por pilar.

Fundação: A base de tudo

Fundação: A base de tudo

Um dos principais elementos de uma construção é a sua fundação. A fundação é quem reponde pela sustentação de uma edificação, suportando todo o carregamento das lajes, alvenarias, vigas e pilares. Portanto é fundamental que se conheça em que tipo de solo irá se apoiar nossa edificação, para evitarmos problemas futuros de difícil solução e custo elevado.
Somente com uma sondagem de solo executada por uma empresa de fundações legalmente habilitada (com registro no CREA) é que poderemos analisar as propriedades do solo, que ao contrário do que muitos pensam, variam de cidade para cidade, bairro para bairro e muitas vezes de quadra para quadra. O solo não é homogêneo, daí as grandes diferenças de comportamento e resistência.
O método de fundação mais comum em nossa região é a chamada fundação profunda (estacas), que consiste na perfuração de solo e posterior lançamento de concreto executado com equipamento apropriado. Tal fundação tem como um princípio transmitir ao solo por atrito lateral (estaca e solo) as cargas provenientes dos pilares da edificação, sendo necessário atingir profundidades superiores a 4 m. O fator determinante será sempre em função da carga da estaca, do seu diâmetro e da resistência do solo.
É de grande relevância chamar a atenção para as “Brocas Manuais”, que dificilmente alcançam 3,0 m de profundidade. Trata-se de um sistema com eficiência questionável, pois na maioria dos casos é adotado sem conhecimento do tipo de solo e da carga que tal broca deve suportar. A grande maioria dos problemas ocorre com esse tipo de fundação. O profissional responsável técnico da obra é quem irá determinar o tipo de fundação que melhor se adapta as condições do terreno, garantindo dessa forma, economia, solidez e segurança para sua construção.
Confie sempre a sua obra de fundação a uma empresa especializada e regularmente registrada no CREA, para que você tenha a garantia e a ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) do serviço executado.


Prof. Eng. Douglas Constancio
12/05/04

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Colapso das Fundações

O acidente relatado ocorreu em Manila por evidente colapso das fundações, provavelmente por erros nas sondagens (ou falta de uma investigação apropriada do subsolo) ou erro(s) no projeto das fundações.

No Brasil não é muito diferente, uma vez que muitos engenheiros despreparados contratam os serviços de sondagem somente por preço e muitos sequer elaboram um projeto coerente das fundações. Os resultados são catastróficos!

Assista ao vídeo abaixo e tire suas conclusões se vale a pena essa "ECONOMIA" !!!

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